Em 28 de junho, numa parceria entre a Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) por meio do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas) e a Prefeitura Municipal de Francisco Badaró (MG), foi realizado um Dia de Campo voltado para a cotonicultura na região mineira do Vale do Jequitinhonha. O evento ocorreu no Sítio do Luiz, na Fazenda São João de Baixo, localizada em Francisco Badaró. Com a participação de mais de 200 pessoas, entre lideranças regionais, agricultores familiares e técnicos, a iniciativa marcou um importante passo na retomada da atividade algodoeira na região.

Estações do Dia de Campo
O evento foi estruturado em três estações, cada uma abordando aspectos essenciais para a viabilidade da cultura do algodão na região:
Estação 1: Avaliação das UTD’s de Algodão – Emater-MG
A Emater-MG apresentou uma avaliação detalhada das Unidades Técnicas Demonstrativas (UTD’s) de algodão implantadas nos municípios mineiros de Berilo, Jenipapo de Minas, Francisco Badaró e Leme do Prado. Os especialistas destacaram as técnicas de produção adaptadas a cada realidade local, mostrando como essas UTD’s podem servir de modelo para outros agricultores.
Estação 2: Viabilidade da Cultura do Algodão no Vale do Jequitinhonha – Amipa
A Associação abordou a viabilidade econômica e técnica da cultura do algodão no Vale do Jequitinhonha. A entidade também destacou a importância da cotonicultura como uma alternativa produtiva e sustentável, capaz de gerar emprego e renda, além de reduzir o êxodo rural.
Estação 3: O Proalminas no Contexto da Agricultura Familiar e as Estratégias de Processamento e Comercialização do Algodão – Seapa e Coopercat
Representantes da Cooperativa dos Produtores Rurais de Catuti Ltda. (Coopercat) e da Secretaria apresentaram a ação do Proalminas, também na agricultura familiar e no desenvolvimento regional, e as estratégias de processamento e comercialização do algodão produzido na região. Eles enfatizaram a importância do trabalho de organização e associativismo dos agricultores familiares, de um planejamento bem estruturado da atividade e da adoção de tecnologias adequadas para garantir a viabilidade econômica da cultura.
Parcerias e impacto social
O evento fez parte de uma das iniciativas previstas no Acordo de Cooperação Técnica, celebrado entre a Amipa, Emater-MG, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e Seapa, com o intuito de viabilizar esforços e parcerias para a retomada da atividade algodoeira, de forma sustentável, na região do Vale do Jequitinhonha.
José Mauro de Azevedo, coordenador regional de culturas da Emater-MG, destacou a importância da parceria com a Associação na implementação das UTD’s. Segundo ele, a colaboração foi essencial para instalar unidades demonstrativas nos municípios, permitindo a avaliação e apresentação dos resultados para a comunidade local. Azevedo ressaltou que a presença de mais de 200 participantes no evento demonstra o interesse e a expectativa em torno da retomada da cultura do algodão.
Feliciano Nogueira de Oliveira, coordenador do Proalminas, também enalteceu a parceria com a Amipa e Emater-MG para este trabalho. Apontou que a expertise da Associação junto com o conhecimento local dos técnicos da Emater-MG foi crucial para a implementação do projeto. Oliveira destacou que a cooperação visa não apenas a produção de algodão, mas também a qualificação de técnicos e produtores, promovendo a diversificação das atividades produtivas na região.

Objetivos e expectativas
Os principais objetivos dessa iniciativa incluem:
– Retomada da cultura do algodão: reintroduzir o cultivo do algodão no Vale do Jequitinhonha, uma tradição que havia sido abandonada há cerca de 30 anos.
– Qualificação técnica: capacitar técnicos e agricultores familiares na aplicação de tecnologias de produção sustentável, visando aumentar a produtividade e qualidade do algodão.
– Diversificação de atividades produtivas: promover a diversificação das atividades agrícolas, criando alternativas de emprego e renda para os agricultores familiares.
– Mitigação da pobreza e sucessão rural: reduzir o êxodo rural e mitigar a pobreza no campo, incentivando a permanência das famílias no meio rural e garantindo a sucessão nas propriedades familiares.
Planejamento e sustentabilidade
A viabilidade econômica da cultura do algodão no Vale do Jequitinhonha depende de um planejamento bem elaborado e da adoção de tecnologias adequadas. A observação das condições climáticas é fundamental e a implementação de sistemas de irrigação se mostra indispensável para assegurar o desempenho desejado. A assistência técnica contínua também é um fator crucial para garantir a viabilidade técnica e econômica da cultura. Quanto à comercialização, a agricultura familiar deve buscar formas associativas de comercialização. “Experiências positivas de beneficiamento e comercialização conjunta, como as realizadas em Catuti, com o apoio do Proalminas, Amipa, Agência Brasileira de Cooperação (ABC)/Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Coopercat, demonstram o potencial dessa abordagem. A produção mineira de algodão já tem um mercado firme junto às indústrias têxteis do Estado, o que reforça a viabilidade econômica da cultura no contexto do Proalminas”, afirma Feliciano.
Perspectivas
A cooperação entre Amipa, Emater-MG, Epamig, Seapa, Prefeituras Municipais e outros parceiros trouxe resultados promissores, com expectativas de expansão para mais municípios no próximo ano. A iniciativa visa fortalecer a produção de algodão no Vale do Jequitinhonha, oferecendo suporte técnico contínuo e explorando novas estratégias de comercialização.
A Amipa, que celebra 25 anos de existência, continua a desempenhar um papel vital no desenvolvimento da cotonicultura em Minas Gerais, contribuindo para o crescimento da produção e melhoria da qualidade da fibra de algodão. Com a colaboração de entidades parceiras e a adoção de tecnologias modernas, a expectativa é que a cotonicultura se firme como uma alternativa sustentável e lucrativa para os agricultores familiares da região.
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