Circuito Técnico Amipa 2025: terceira etapa promove o algodão entre produtores empresariais de Ibiaí (MG)

A cotonicultura em Ibiaí tem registrado crescimento nas últimas safras. Foto: Lício Pena | acervo Amipa.

A terceira etapa do Circuito Técnico Amipa 2025 (CTA) aconteceu em 12 de junho de 2025, nas Fazendas Fortaleza e Soberana, em Ibiaí (MG), reunindo produtores, técnicos, pesquisadores e estudantes em torno de um tema central: a adaptabilidade e o manejo do algodoeiro no clima desafiador do Norte de Minas. O professor Dr. Fábio Echer, pesquisador da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), conduziu a discussão sobre a importância estratégica do algodão para a diversificação da agricultura regional e o uso de práticas sustentáveis de irrigação e cobertura do solo.

Algodão como opção estratégica

Para Echer, o algodoeiro se destaca em ambientes de baixa pluviosidade devido à sua menor demanda hídrica, em comparação a culturas como grãos e hortifruti. “O algodão, bem manejado em sistema irrigado, pode integrar rotações de culturas que reduzam doenças de solo e melhorem a eficiência no uso da água e da energia”, explica. O pesquisador ressalta que a adoção de plantas de cobertura — que refletem radiação e mantêm o solo mais fresco — amplia a profundidade do sistema radicular e protege a planta contra estresses térmicos, especialmente durante as noites quentes, quando a ausência de transpiração agrava o calor noturno.

Dr. Fábio, à esquerda, apresentou ao público vantagens da introdução do algodão no sistema de rotação de culturas. Fotos: Lício Pena | acervo Amipa.

Nutrição equilibrada e reguladores de crescimento

Echer enfatizou a importância de um programa de nutrição balanceado, com atenção especial a nutrientes que favorecem o desenvolvimento radicular, como fósforo, cálcio e boro, bem como ao controle de alumínio no solo. “O uso moderado de nitrogênio, aliado ao manejo com regulador de crescimento para limitar o porte da planta a cerca de 1,15 m, direciona energia às estruturas reprodutivas e reduz o risco de cavitação, evitando o acúmulo excessivo de biomassa vegetativa e o consumo exagerado de água”, detalha.
 
Eventos descentralizados e impacto local

O evento oportunizou aos participantes o debate sobre manejos e a troca de saberes técnicos dentro do ambiente da lavoura. Foto: Lício Pena | acervo Amipa.

O pesquisador também enalteceu a estratégia de descentralização do Circuito Técnico, destacando que microrregiões como Ibiaí têm demandas específicas que precisam ser debatidas in loco. “Esses eventos regionais permitem ir à raiz dos problemas locais e engajar equipes técnicas e produtores no diagnóstico e na adoção de soluções customizadas”, afirma, citando o feedback positivo colhido ao final de suas apresentações.

Programação e próximos passos

Além da palestra de Echer, a programação incluiu visita guiada às áreas de teste de irrigação e cobertura do solo nas Fazendas Fortaleza e Soberana, demonstração de tecnologias de aplicação e sessão de perguntas para troca direta entre pesquisadores e agricultores.

A etapa de Ibiaí marca a continuidade do CTA que, em 2025, percorre as principais regiões algodoeiras de Minas Gerais para difundir a cotonicultura e debater tecnologias e inovações. Foi organizada pela Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa) com apoio do Grupo de Estudos do Algodão Mineiro (GEAM) e patrocinada pela Bayer e Deltapine.

A próxima etapa do Circuito acontecerá em 26 de junho, em Patos de Minas (MG), na sede da Fazenda Experimental da Amipa.

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