No dia 20 de julho de 1999 nascia a Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), uma entidade sediada na cidade de Patos de Minas (MG) projetada para representar, promover, manter, expandir e defender os interesses dos produtores de algodão e impulsionar a cotonicultura sustentável no Estado de Minas Gerais. Ao completar seus 25 anos, a Amipa celebra uma jornada marcada por conquistas e pelo constante avanço em ações que promovem a qualidade e a competitividade do algodão mineiro, tanto no Brasil quanto no mercado internacional.
Desde sua fundação, a Associação tem sido a principal voz dos cotonicultores e a alavanca que fomenta ações estratégicas para identificar e disseminar as melhores práticas e tecnologias produtivas, exercendo, assim, um papel fundamental para manter a cultura no Estado, integrando os produtores em projetos e programas de desenvolvimento da cotonicultura.
Filiais impulsionam avanços sustentáveis e tecnológicos
Uma das frentes de atuação da entidade está centrada na oferta de apoio tecnológico e biotecnológico aos produtores associados. Em sua filial em Uberlândia (MG), mantém a Central de Classificação de Fibra de Algodão (Minas Cotton) e a Fábrica de Produtos Biológicos (Biofábrica), que desempenham papéis fundamentais na avaliação da fibra do algodão e na produção de agentes biológicos para controle de pragas nas lavouras.
A Minas Cotton, fundada em 2006, é reconhecida por seus processos alinhados às normas e melhores práticas nacionais e internacionais para a classificação da fibra de algodão. Investindo constantemente em capacitação e atualização de equipamentos, o laboratório oferece resultados confiáveis e credíveis ao mercado têxtil, participando ativamente de testes interlaboratoriais que reforçam sua excelência em ensaios e classificações de fibras.
Já a Biofábrica, criada em 2014, é um exemplo de sucesso no controle biológico de pragas. Utilizando macrorganismos para promover o controle de diversas pragas atuantes em culturas como algodão, soja, milho, feijão, ervilha, tomate e café, o complexo de bioprodução se destaca pela adoção pioneira do uso de drones para a liberação desses organismos no campo, auxiliando em práticas mais eficazes de manejo integrado de pragas.
Outras áreas de atuação
A Amipa também lidera importantes projetos técnicos voltados para o monitoramento de pragas na cotonicultura, pesquisa de novos manejos e supressão do bicudo-do-algodoeiro – principal praga da cultura.
Ainda se destaca no fomento de práticas socioambientais e certificações estaduais e nacionais do algodão e ao apoio à agricultura familiar na região do Norte de Minas.
Cotonicultura em Minas Gerais
A história do algodão em Minas Gerais passou por uma transformação significativa a partir de 1999, com o início de um terceiro ciclo na atividade. A mecanização completa do cultivo, o uso intensivo de insumos químicos e a integração do algodão herbáceo com culturas como soja e milho em sistema de rotação, impulsionaram a produtividade da cotonicultura, colocando a pluma brasileira novamente em destaque no mercado internacional.
Em 2003, com o objetivo de revitalizar a produção algodoeira, a partir de um trabalho realizado pela Amipa, indústrias têxteis e governo estadual, foi criado o Programa de Incentivo à Cultura do Algodão em Minas Gerais (Proalminas), que visava, entre outros objetivos, modernizar técnicas de cultivo, melhorar a qualidade do produto e fortalecer a cadeia produtiva e têxtil. Com o Proalminas, houve um incremento na área plantada e na produtividade, colocando Minas Gerais desde então em um papel de destaque na produção nacional de algodão.
Essas mudanças foram acompanhadas por esforços concentrados na manutenção da competitividade, incluindo a adoção de um modelo empresarial nas lavouras, investimentos em pesquisa e incentivos fiscais. Como resultado desse empenho, Minas Gerais alcançou, em 2023, a maior produtividade de algodão em pluma do país, com uma média de 2.045 kg por hectare, conforme dados da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa).
Dia de Campo reúne conhecimento e inovação
Anualmente, a Amipa promove o seu tradicional Dia de Campo, consolidado como o maior evento da cotonicultura em Minas Gerais e integrante essencial do calendário do agronegócio no Sudeste brasileiro.
O evento é um encontro de conhecimento, inovação e conexões. Com a participação expressiva de produtores e diversos agentes da cadeia produtiva, como fornecedores de insumos, consultores, tradings, corretores, bancos e industriais têxteis, o Dia de Campo se tornou um espaço privilegiado para a troca de experiências e o acesso às mais recentes tecnologias do setor.
Além da presença maciça de representantes de Minas Gerais, o encontro atrai comitivas de outros estados e, até mesmo, de outros países, em busca de informações e novidades que impulsionem a produção de algodão em seus territórios.
Rumo a novos horizontes na cotonicultura
Ao celebrar seus 25 anos de história a Amipa vislumbra um futuro promissor e se consolida como uma força motriz da cotonicultura de Minas Gerais. A Associação continuará seu trabalho incessante em prol do fortalecimento da cotonicultura sustentável, buscando novas tecnologias, parcerias e oportunidades para impulsionar ainda mais a qualidade e competitividade do algodão mineiro.
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