Entre os dias 5 e 9 de novembro, três representantes da Fábrica de Produtos Biológicos (Biofábrica Amipa) e da Embrapa Algodão viajaram para a cidade de Montero, no departamento de Santa Cruz na Bolívia, para visitar o Centro de Investigación e Transferencia de Tecnología de la Caña de Azúcar (CITTCA). O propósito dessa viagem foi intercambiar experiências na área de controle biológico de pragas visando a busca contínua pelo aprimoramento na produção e manejo com macrorganismos.
Fauze Elias Pena de Sairre e Alerrander Vitor Alves Santos, respectivamente gerente de produção e supervisor de produção da Biofábrica Amipa, e José Geraldo Di Stefano, pesquisador Embrapa Algodão, viajaram a convite da coordenação do CITTCA. Segundo Fauze, “o objetivo da viagem foi alcançado, pois vislumbramos novas tecnologias na produção de macrorganismos. Por outro lado, levamos para a contraparte boliviana nossa experiência em produção massal de insetos. Foi uma grande troca de experiência entre os técnicos bolivianos e brasileiros.
José Geraldo avalia que a gestão da Biofábrica Amipa participa de um ecossistema de inovação acelerado no qual o intercâmbio de experiências e resultados são buscados cotidianamente. Para ele, a experiência do controle biológico da Diatraea sacharallis e mais quatro pragas nos 210.000 hectares (ha) dos 1.300 produtores associados do Engenho Guabirá, em Montero, proporcionará um avanço na produção do Trichogramma pretiosum que beneficiará todos os associados da Amipa e seus diferentes sistemas de produção, principalmente no cultivo do algodão – cujo foco principal é alcançar nos próximos anos a resiliência à mudança climática e prosperidade dos produtores no plano estratégico de futuro da Amipa.
Sobre o Centro
O CITTCA está situado na maior área produtora de cana Boliviana, com aproximadamente 280 propriedades somando um total de 70.000 ha. E nesta grande área é realizado o controle biológico das principais pragas da cana de açúcar como D. sacharalis, D. ruffecens, M. bimaculata com o endoparasitoride Trichogramma galloi.
Biofábrica Amipa
Criada no ano de 2014, a Fábrica de Produtos Biológicos da Amipa é um case de sucesso na utilização de macrorganismos (predadores e parasitoides) para o controle biológico das pragas que ameaçam as lavouras.
Com ações sempre pautadas na evolução, a unidade foi uma das empresas pioneiras na adoção do uso de drones para a liberação de macrorganismos no campo.
O controle biológico com o uso de macrorganismos (MACs) é uma importante prática do manejo integrado das pragas (MIP), na qual os inimigos naturais existentes no campo são potencializados em sua eficácia no controle de pragas por meio da produção massal e liberação a campo.
Entre as vantagens do uso de MACs destacam-se: a comprovada eficiência agronômica e manejo de resistência de insetos a moléculas de químicos e a OGMs.
A Biofábrica Amipa trabalha com predadores e parasitoides e atende as culturas do algodão, soja, milho, feijão, ervilha, tomate e café.
Com o olhar sempre voltado para o futuro, a Biofábrica Amipa mantém constantemente o investimento em pesquisas para o desenvolvimento de novos agentes biológicos potenciais para inserção no MIP.
Saiba mais: https://amipa.com.br/biofabrica-amipa/
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Silvia Alves
Assessora de imprensa da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa)
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