Minas Cotton finaliza o trabalho de análise do algodão mineiro safra 2021/2022

A Minas Cotton é o principal laboratório de classificação de fibras de algodão do estado. Foto: Cheese Filmes / Acervo Amipa.

A Central de Classificação de Fibra de Algodão (Minas Cotton), filial tecnológica da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), finalizou o trabalho de análises e classificação das fibras relativas à produção de algodão da safra 2021/2022, atingindo o índice de 100% dos fardos da produção mineira avaliados. O volume analisado entre os meses de junho e dezembro de 2022 atingiu o número de 460.000 mil análises, sendo 239.000 mil análises instrumentais do tipo HVI e 221.000 mil análises da classificação manual/visual. Comparado com a safra passada, houve uma queda de 5% no total de fibras analisadas para Minas Gerais; queda que decorreu da redução da área plantada estadual.

Criada em 2006, a Minas Cotton é o principal laboratório de classificação de fibras do estado, tendo acumulado nesses 17 anos de prestação de serviço um volume superior a 6.820.536 milhões de análises realizadas. Este trabalho, que tem sido acompanhado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) por meio do Standard Brasil HVI (SBRHVI) – programa que monitora a qualidade das análises das fibras do algodão dos laboratórios brasileiros – segue criteriosamente os padrões internacionais e está alinhado às normas e às melhores práticas para realização de análises.

Sempre buscando implantar melhorias em todos os seus processos e procedimentos, a Amipa investe não apenas em estrutura e equipamentos de última geração, mas também na qualificação profissional de seu quadro técnico. Para o período 2023/2024, a Minas Cotton tem como objetivo implementar o sistema de gestão da qualidade de acordo com os requisitos técnicos da ABNT ISO/IEC 17025-17 – norma técnica internacional que define os pilares para a implementação de sistemas de gestão da qualidade para laboratórios de ensaio e calibração – para a acreditação do laboratório na Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro (CGCRE).

“Este ano de 2022, voltando à normalidade pós-pandemia, os serviços na Central de Classificação de Fibra de Algodão foram conduzidos e entregues aos clientes de forma satisfatória. Ter a equipe unida e qualificada foi essencial para o bom andamento dos resultados esperados”, comenta Anicézio Resende, gerente da Minas Cotton.

Qualidade da fibra mineira na safra 2021/2022
Nas duas últimas safras, as chuvas em Minas Gerais cessaram mais cedo e houve baixas temperaturas a partir do mês de abril, o que prejudicou a formação da qualidade de fibra. Mesmo assim, o monitoramento das lavouras de algodão pelos produtores seguiu firme, com o manejo usando o regulador de crescimento desde a fase de botão floral até a terminação final com a capação química, o que fez com que a qualidade da fibra do algodão produzido no estado permanecesse muito boa em comparação com as safras anteriores.

Minas Cotton
A Minas Cotton foi o primeiro laboratório de Minas Gerais credenciado para realizar a classificação da fibra do algodão em pluma e foi licenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para operar como Posto de Serviço Autorizado. Tornou-se também peça fundamental do processo de certificação de origem e qualidade do algodão instituído pelo governo de Minas Gerais por intermédio da Secretaria de Agricultura, Pecuária Abastecimento (Seapa-MG), do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas) e do  Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), visto que pelo Decreto n° 43.508, de 20 de agosto de 2003, todo algodão participante do Proalminas passa obrigatoriamente pela análise do laboratório da Amipa e recebe o certificado de origem e qualidade emitido pelo IMA.

A confiança e a credibilidade geradas pelo trabalho de excelência da Minas Cotton beneficiam não apenas os cotonicultores, mas também corretoras, tradings, indústria têxtil e muitos outros setores e clientes, inclusive de outros estados.

Há 17 anos a Minas Cotton é sinônimo de qualidade em prestação de serviço. Foto: Cheese Filmes / Acervo Amipa.

Entregando transparência e confiabilidade, o laboratório alcançou na safra 2021/2022, seu melhor desempenho a partir de amostras de checagem enviadas para o Centro Brasileiro de Referência em Análise do Algodão (CBRA), da Abrapa, atingindo 99% de confiabilidade nos ensaios de checagem em todas as características essenciais da qualidade das fibras de algodão. Isso garante aos produtores que o laboratório mineiro está trabalhando com as melhores práticas adotadas para a classificação e ensaios laboratoriais de fibra de algodão entregue aos produtores e mercado têxtil.

“A Minas Cotton é um laboratório que atende as boas práticas de análise de algodão no Brasil e apresenta uma excelente taxa de confiabilidade, desde que iniciamos o SBRHVI, programa que tem sido importante na valorização do algodão brasileiro. A relevância de termos laboratórios competentes como a Minas Cotton é que eleva o nível de credibilidade nos mercados (internacional e nacional) e ajuda na valorização do algodão brasileiro. Parabéns a toda equipe da Amipa”, analisa Edson Tetsuji Mizoguchi, gestor do programa SBRHVI.

Treinamentos e qualificação
Para manter-se competitivo no mercado e oferecer o melhor serviço ao seu público, a Minas Cotton investe no treinamento e qualificação de seus profissionais. Em 12 de maio de 2022, participou do treinamento virtual promovido pela Abrapa/CBRA, cujo objetivo foi o acompanhamento do programa autocontrole – parceria com o Ministério da Agricultura –, o qual visa dar transparência às amostragens do algodão em pluma pelas usinas de beneficiamento de algodão no Brasil.

Visando o credenciamento do laboratório pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a Minas Cotton também participou entre os dias 10 de outubro e 18 de novembro do curso a distância do Instituto de Qualidade e Metrologia (IQM) sobre interpretação da norma ABNT ISO/IEC 17025-17 e cálculo de incerteza de medição em atendimento ao sistema de gestão da qualidade dentro dos requisitos da norma. Já de 22 a 25 de novembro, participou do treinamento presencial e virtual sobre cálculo de incerteza de medição, realizado pela IQM e Abrapa/CBRA, que também teve como objetivo qualificar para o atendimento ao sistema de gestão da qualidade dentro do requisito da norma ABNT ISO/IEC 17025-17 para credenciamento de laboratório.

Em dois momentos, também participou virtualmente de protocolo de validação da qualidade de fibra de algodão. O primeiro, realizado na Usina do Grupo Amaggi em Mato Grosso, de 15 a 18 de setembro, usou a Solução da Ultragas, que emprega gás para a secagem e umidificação do algodão em caroço e pluma em usinas de beneficiamento de algodão. Este processo tem a finalidade de preservar ao máximo a qualidade de fibra do algodão durante todo o beneficiamento, favorecendo o mercado cotonicultor têxtil em geral.

No segundo protocolo, realizado na Usina do Grupo Amaggi (MT) entre os dias 8 e 11 de novembro, foi usada a Solução da GEZA, com a utilizando de caldeira para a secagem e umidificação do algodão em caroço e pluma em usinas de beneficiamento de algodão no Mato Grosso. Este processo também visa preservar ao máximo a qualidade de fibra do algodão durante o beneficiamento.

Anicézio Resende considera os treinamentos do SBRHVI essenciais para a melhoria contínua nos ensaios das análises de classificação instrumental do algodão pelos laboratórios brasileiro. “Nosso maior desafio é permanecer com toda a estrutura do laboratório em todas as safras em conformidade com as normas referenciadas para a qualidade dos ensaios de fibras de algodão. Durante os treinamentos trocamos informações e aprendemos uns com os outros, além de serem de suma importância por permitirem o sincronismo dos laboratórios. O país ganha em qualidade dos ensaios nas análises de classificação”, complementa.

Transferência de conhecimento
Além dos treinamentos, a Minas Cotton está presente em projetos internacionais. Em 2022, participou do lançamento do Projeto Cotton Côte D’Ivoire África, voltado para melhoria do potencial produtivo e ensaios da qualidade de fibra do algodão na Costa do Marfim, uma parceria entre o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Agência Brasileira de Cooperação (ABC), com participação da Amipa. Também teve participação virtual na apresentação do projeto no Benin BRA/12/002 -S011 “Fortalecimento do Setor Algodoeiro Utilizando as Melhores Práticas de Classificação da Fibra do Algodão do Mercado Internacional”, promovida pela ABC no dia 11 de outubro. Ainda em parceria com o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), teve participação virtual no projeto IBA – “Fibras Curtas 1ª Fase, resultados análise de fibras curtas”, promovido pela Abrapa/IMA-MT no dia 13 de dezembro.

Divulgação
Ao longo de 2022, também buscou divulgar seus serviços com a presença em estandes de eventos do agronegócio mineiro, como na Farming Show 2022 realizada em Uberlândia (MG), entre os dias 8 e 11 de março e no Dia de Campo Amipa, realizado no dia 7 de julho em Patos de Minas (MG). Além disso, marcou presença no 13º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) em Salvador (Bahia), promovido pela Abrapa entre os dias 16 a 18 de agosto.

Silvia Alves – assessora de imprensa Amipa
imprensa@amipaweb.com
(34) 9 9878-9905

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