Atualização sobre manejo do algodão é tema de palestra ministrada para cotonicultores e técnicos de fazendas mineiras

Participantes do evento puderam conhecer os campos de variedades da Fazenda Experimental Amipa. Crédito: divulgação I Lício Pena/Amipa

No dia 5 de maio, a Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), em parceria com a multinacional Syngenta, promoveu em Patos de Minas (MG) o 6º Encontro Técnico do Algodão, voltado para os técnicos das fazendas e produtores de algodão mineiros. O evento foi composto por dois momentos distintos: pela manhã, com a visita dos participantes à Fazenda Experimental da Amipa; e à tarde com uma palestra sobre o tema “Manejo Técnico do Algodão”, ministrada pelo Dr. Márcio de Souza, coordenador de projetos e difusão de tecnologia do Instituto Matogrossense de Algodão (IMA-MT).

Na visita à fazenda, o público pode conhecer as cultivares plantadas nesta safra, em caráter experimental, numa prévia do que será mostrado no Dia de Campo 2023 – evento previsto para acontecer no dia 6 de julho.  Este trabalho de pesquisa é muito importante para que se possa levar esse conhecimento para o produtor de forma antecipada, a fim de que ele não precise se aventurar com alguma cultivar sem saber o desempenho dela na região.

Na palestra da tarde, realizada no Fratele Business Hotel, Dr. Márcio discorreu trazendo a experiência do Mato Grosso para os técnicos mineiros. Segundo ele, o algodão é uma cultura muito técnica e precisa de pessoas especializadas para conduzir a lavoura. “A palavra correta para o algodão é ‘antecipação dos problemas’. Por exemplo, você tem um problema que está acontecendo na Bahia ou Mato Grosso e pode vir a acontecer aqui em Minas, então você não pode deixar o problema se instalar (pragas, doenças, plantas daninhas) para tentar resolver. Principal objetivo meu é tentar trazer um pouco da experiência que estamos tendo em MT na condução da cultura do algodão e tentar fazer uma troca de informação”, esclarece.

Outro ponto destacado pelo palestrante foi sobre a importância dos centros de pesquisa, lugares nos quais se pode acertar e errar, pois é na pesquisa que se faz as experiências, não é o produtor que vai fazer dentro da fazenda. “A pesquisa tem que se antecipar aos problemas que podem ocorrer a campo. É centro de informação para o produtor, para trazer novas informações e antecipar os problemas que o produtor possa ter”, afirmou.

Para o coordenador de projetos do IMA-MT, o principal desafio da cotonicultura atualmente é o custo de produção, ou seja, trabalhar com alto custo e ter lucratividade com a cultura do algodão. Segundo ele, para vencê-lo, é preciso trabalhar de forma assertiva, com pessoas capacitadas e usar as ferramentas corretas. Outro grande desafio é o bicudo-do-algodoeiro, praga coletiva número um, contra a qual tem que se fazer ações coletivas para atingir o seu controle efetivo – um produtor compartilhando com o outro, fazendo as ações em conjunto para controlar esta praga.

João Carlos Herbe, consultor OTO da Syngenta em Patos de Minas, falou sobre a parceria para este projeto. “Esta é a sexta edição deste evento e a cada ano buscamos trazer um consultor/pesquisador de fora para trazer um pouco da experiência deles com o algodão para ver o que se encaixa aqui. Este evento tem o objetivo de trazer informações técnicas sempre alinhado com a Amipa e com o GEAM, para que a gente esteja junto para atender às necessidades deles: pode ter foco em herbicida, praga, doença, manejo, a parte de fisiologia em geral. Este ano o foco foi o manejo geral, com o Dr. Márcio de Souza, e superou nossa expectativa de público: esperávamos 30 pessoas, vieram quase 50”, declarou.

Importante destacar o papel do Grupo de Estudos do Algodão Mineiro (GEAM) – grupo de trabalho e de estudo, de caráter consultivo, gerido pela Amipa e que tem à frente os técnicos responsáveis por todas as áreas de produção algodoeira no Estado – na condução dos eventos técnicos da Associação. Segundo Paulo Roberto Silva Fiorini, coordenador do GEAM, estas palestras feitas ao longo do ano são voltadas para atualização dos técnicos das fazendas, pois cada ano é um desafio diferente, a exemplo de clima, pragas e outros. “Estamos sempre em busca de atualizar os técnicos em relação à evolução da cultura do algodão no estado. E esta palestra de hoje teve como foco as novidades de pesquisa do IMA-MT em relação a pragas e doenças e do manejo em si da cultura, do que tem de mais novo, para poder agregar nas nossas áreas de atuação”, declarou Paulo.

Fonte: Imprensa Embrapa Algodão e Imprensa Amipa
Silvia Alves
Assessora de imprensa da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa)
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