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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PRODUÇÃO EFICIENTE DO ALGODÃO BRASILEIRO
A cotonicultura brasileira deu um salto, há pouco mais de 15 anos, de um lado, graças à agricultura intensiva em capital e tecnologia introduzida na atividade por produtores egressos da produção de soja, aliada ao aumento de área destinada à exploração da lavoura e à formação de capacidade de gestão empresarial; de outro, as empresas públicas e privadas de pesquisas voltadas ao agronegócio deram o suporte necessário para que a lavoura se expandisse nas amplas extensões do Cerrado do país e as empresas de máquinas e de beneficiamento passaram a ostentar níveis de desempenho de excelência mundial.
Nesse período, foi fundamental a atuação da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para garantir esse crescimento: desde a sua criação, o crescimento da área plantada de algodão no país cresceu 62%. A produção aumentou 233%, quatro vezes o crescimento de área plantada. E a produtividade chegou a 106% de aumento, justificando os resultados na razão produção versus área.
Na safra 2013/14, o Brasil foi o 5º maior produtor e exportador do mundo (ICAC/Abrapa) e se destaca com a maior produtividade de algodão em pluma de sequeiro do mundo. O setor brasileiro do algodão tornou-se modelo de negócio em função de:
- é produzido em larga escala empresarial, dentro dos mais altos padrões de tecnologia;
- possui mecanização total no processo, do plantio à colheita;
- conta com sistema de identificação e rastreamento;
- adota tecnologia de ponta em beneficiamento e armazenagem;
- realiza análise e classificação de fibra com base em padrões internacionais;
- garante certificação socioambiental alinhada com padrões internacionais de sustentabilidade.
SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE ALGODÃO NO BRASIL
- Algodão colorido: cultivado no Semiárido Nordestino
- Algodão organico: plantio nas regiões do Centro-Oeste e Nordeste
- Algodão agroecológico: no Centro-Oeste e Nordeste
- Algodão irrigado: atividade de plantio no Semiárido Nordestino
- Algodão na agricultura familar: cultivados no Sul e Sudeste
- Algodão média tecnologia: no Centro-Oeste/Sudoeste da Bahia
- Algodão de alta tecnologia: cultivado nas regiões do Sudeste
- Algodão de alta tecnologia no Cerrado: no Centro-Oeste e Nordeste
(Fonte: Abrapa/Markestrat 2012/2013)
VANTAGENS MINEIRAS NA PRODUÇÃO DO ALGODÃO
Em decorrência dos esforços da Abrapa, da Amipa, do governo do Estado, por intermédio do Programa Mineiro de Incentivo à Cultura do Algodão (Proalminas), produtores mineiros, profissionais e empresários da cadeia produtiva do algodão, Minas prossegue contribuindo para esse cenário brasileiro altamente positivo e promissor, por meio de uma cotonicultura baseada em profundos conhecimentos tecnológicos, técnicos e comerciais, desde a compra de insumos até à comercialização da pluma e do caroço do algodão.
As características oferecidas pelo Estado ao cotonicultor mineiro representam excelentes vantagens competitivas em sua atividade, como:
- disponibilidade de variedades adaptadas às regiões do Cerrado e Semiárido que, aliadas ao clima marcado por estação chuvosa e seca, permite obter maior qualidade da fibra do algodão;
- topografia favorece a mecanização completa das atividades na cultura;
- uma alta disponibilidade instalada de beneficiamento do algodão, em diversas algodoeiras;
- logística extremamente favorável à aquisição de insumos e ao escoamento da produção;
- a grande organização do produtor, por meio do apoio da Amipa, que compreende a oferta de orientação técnica, de intermediação em negociações, promoção de reuniões periódicas com o governo do Estado e indústrias têxteis mineiras e com o fomento e financiamento de pesquisas, entre outros benefícios;
- os serviços prestados pela Central de Classificação de Fibra de Algodão (Minas Cotton), um dos melhores laboratórios do mundo em precisão de resultados na classificação da pluma do algodão;
- o seu mercado altamente comprador de algodão, que vem a ser o terceiro maior parque têxtil do Brasil;
- os incentivos estaduais exclusivos para os cotonicultores associados à Amipa e para as grandes consumidoras locais do algodão, as indústrias têxteis mineiras, consolidados pela Associação junto aos Sindicatos das Indústrias Têxteis Estaduais e com a anuência do governo de Minas Gerais.
SISTEMAS DE PRODUÇÃO DO ALGODÃO EM MINAS GERAIS
- Algodão de alta tecnologia: cultivado nas regiões do Noroeste Mineiro, Norte de Minas (agricultura empresarial) e Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba
- Algodão de média tecnologia: em parte da região do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba
- Algodão familiar: na região do semiárido do Norte de Minas
CERTIFICAÇÃO DE ORIGEM E QUALIDADE DO ALGODÃO MINEIRO
Sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), gestão do Instituto Mineiro de Agropecuária (Ima) e da Amipa, com a participação direta do laboratório Minas Cotton e das usinas de beneficiamento de algodão situadas no Estado, foi definida em 2011, válida para Minas Gerais, a obrigatoriedade da certificação do algodão mineiro quanto à sua origem (garantia de procedência) e qualidade (classificação técnica da fibra e análise visual do produto, conforme padrões internacionais).
A Certificação de Origem e Qualidade do algodão produzido no Estado, prevista pelas normas do Proalminas - que instituíram benefício tributário às indústrias têxteis mineiras consumidoras do algodão produzido em Minas Gerais – representa mais um grande passo da cotonicultura estadual rumo à sua competitividade no mercado doméstico e no exterior, trazendo ao setor ainda mais organização, transparência e profissionalismo na produção e comercialização da commodity.
PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO
O processo de certificação é iniciado a partir do registro de entrada do algodão na usina de beneficiamento (algodoeira). Amostras da pluma obtida são coletadas e enviadas à Minas Cotton e é emitida a DAE (guia de recolhimento da taxa de emissão), a ser paga pelo produtor, ou pela própria usina, ou por uma cooperativa de produtores. Quitada a guia, o Ima emite o certificado em nome do produtor e o encaminha à usina responsável pelo algodão.
A nota fiscal relativa à comercialização do produto beneficiado - emitida pela usina, produtor ou cooperativa - será emitida com o lançamento do número do certificado lançado em seu corpo, facilitando a comprovação para produtores, usinas, cooperativas, corretoras e compradores de algodão.
As indústrias têxteis mineiras realizam a conferência do algodão adquirido com o número da certificação constante na nota fiscal, comprovando à Seapa tratar-se de algodão certificado e garantindo o benefício da desoneração prevista em lei.
AUDITORIAS DE GESTÃO
Com o objetivo de zelar pela correção e melhorias do processo de certificação, cabe ao Ima realizar auditorias periódicas, sem caráter de fiscalização com penalidades, junto às principais partes envolvidas no processo de certificação: propriedades, usinas e também em cooperativas que trabalhem com unidade própria de beneficiamento.